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8M - Pela vida das mulheres!

  • Foto do escritor: ANPUH-RR
    ANPUH-RR
  • 28 de fev. de 2019
  • 3 min de leitura

Dia Internacional da Mulher 2019

Praça do Centro Cívico | 08 de março | 9h



NENHUMA A MENOS!


O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de violência contra as mulheres no mundo; a cada 2 segundos uma menina ou mulher sofre violência física (Instituto Maria da Penha). Em 2017, foram registrados 60.018 estupros, o que representa 164 casos por dia, e esses números são absurdamente maiores, pois estima-se que menos de 20% denunciam. Além disso, houve 221.238 registros de violência doméstica, o que implica 606 casos por dia; e, 1.133 feminicídios; ou seja, 3 mulheres foram mortas por dia no país, pelo simples fato de serem mulher (Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2018), e que, metade desses assassinatos se dão por meio de arma de fogo (Instituto Sou da Paz 2018).

Roraima segue entre os estados mais perigosos para as mulheres viverem. Nos primeiros meses de 2019, assistimos a assassinatos de mulheres pelo ódio patriarcal, que tem a ver com uma cultura de banalização da violência e de menosprezo pelas mulheres. Elas são mortas em razão de uma cultura machista que não aceita a autonomia, nem a liberdade das mulheres, onde a separação pode custar a vida dessa mulher e na qual esses homens se colocam como proprietários de suas parceiras ou ex-parceiras. O mais assustador, porém, é que o julgamento moral da sociedade não é feito sobre o assassinato praticado, mas sobre o currículo moral dessa mulher, que deixa de ser vítima e passa a ser tratada como culpada, tendo sua vida exposta para toda sorte de xingamentos, desqualificações e desprezo. A mulher é “assassinada” pela segunda vez por uma sociedade cujo machismo fere e mata. Parem de nos matar!


MENOS ARMAS, MENOS FEMINICÍDIOS!


Estudos revelam que a posse de armas aumenta em 500% as chances da violência doméstica e familiar se transformar em assassinato. A cada 1% no aumento de armas de fogo, os homicídios sobem 2% (Mapa das armas de fogo, IPEA 2015).

O Decreto Presidencial de 15/01/2019 facilitou a aquisição de armas de fogo, o que só estimula o aumento da violência, pois estudos demonstram quanto mais armas, mais crimes. O documento não proíbe a posse de armas para homens agressores. E mesmo que houvesse, uma arma legalizada, no Brasil, cai rapidamente no mercado ilegal. Ademais, o governo “abriu mão” do controle efetivo das armas que já circulam, ao aumentar o tempo de registro de 05 para 10 anos. O resultado disso? Mais mulheres serão assassinadas.

FAIXA – A intervenção dos EUA na Venezuela com justificativa de ajuda humanitária é uma ameaça à soberania e a vida das mulheres: “Não a guerra que nos mata e não a paz que nos oprime”.


NEM UM DIREITO A MENOS! NÃO A REFORMA DA PREVIDÊNCIA!


“Não se pode querer salvar o barco atirando os passageiros ao mar”. Leandro Karnal.

Nós mulheres urbanas, rurais, indígenas, negras, lésbicas, trabalhadoras, desempregadas, jovens, aposentadas, vimos neste 08 de março – Dia Internacional da Mulher – dizer não à proposta de Emenda Constitucional (PEC 06/2019) de Reforma da Previdência do Governo Federal, que faz opção pela retirada de direitos garantidos na Constituição de 1988. Basta observar os números: em 2018, o Governo Federal gastou R$ 1,065 trilhão com o pagamento de juros da dívida. É mentiroso o discurso que a Previdência está com saldo negativo. Veja o quadro:

O Governo não fala nada sobre a sonegação de quase 200 milhões nas contribuições da seguridade social. E fica em silêncio também em relação aos devedores do INSS, já inscritos na Dívida Pública da União com o valor de quase 490 bilhões. São quase 400 bilhões de dívidas perdoados e de benefícios ficais para as grandes empresas. Em contrapartida, quem paga seus tributos sofre com uma pesada carga tributária. O governo dos ricos e dos bancos trabalha junto com os seus aliados no Congresso Nacional para nos deixar sem aposentaria. Com a atual proposta muitos morrerão antes de se aposentar. E, com a previsão de escalonamento crescente das alíquotas a aposentaria pode cair pela metade.


ATAQUE CONTRA AS MULHERES

As mulheres recebem remuneração 30% menor que a dos homens, consequentemente se aposentam com salários menores. Segundo IBGE (2018), o desemprego feminino foi de 15% e o dos homens 11,6%. Elas também são a maioria no mercado informal e nos trabalhos precários (sem direitos). Além de terem enormes dificuldades para obter a aposentadoria, agora, com as atuais regras, não terão também uma velhice digna.


Realização:


●NUMUR/AMB ●AFATABE ●ANPUH/RR ●CÁRITAS ●CAs/UFRR ●CEL ●CMA/OAB ●COLETIVO ROSA LUXEMBURGO/PSOL ●CPT ●CUT/RR ●MOTE ●OMIR ●PJ ●SECRETARIA DE MULHERES DO PT ●SESDUF ●SINDSEP


 
 
 

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